domingo, 13 de abril de 2008

A HISTÓRIA DA NOSSA IGREJA

O Início

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a igreja de Deus aqui na Terra começou no Éden. Como Deus é eterno e existe desde o princípio, Sua lei é imutável e é encontrada em Sua Palavra, a Bíblia Sagrada, dividida em Antigo Testamento (sob a lei) e Novo Testamento (sob a graça).
A Terra existe há aproximadamente 6 mil anos e desde os primórdios o homem tem o seu lado espiritual aflorado. O primeiro casal, Adão e Eva, foram orientados por Deus quanto ao procedimento a se seguir, mas foram tentados e pecaram. A partir de então, o pecado passou a fazer parte do cotidiano do ser humano e afastado Criador e criaturas.
No princípio Deus escolheu o povo de Israel para ser o povo que deveria propagar as boas novas (a vinda de um salvador, que é Jesus), mas eles se tornaram rebeldes e obstinados. Assim, Deus tirou o privilégio que Israel havia conquistado e transferiu aos gentios, que são todas as pessoas que aceitam a Jesus como Salvador, independente de cor, raça, tribo ou língua.
Depois da morte de Jesus, Roma fundou a igreja Católica Apostólica Romana no século IV. Porém, com muitos dogmas e leis que fugiam das leis contidas na Bíblia, muitas pessoas dentre elas João Wycliff e João Huss foram os pioneiros num movimento de Reforma. Martinho Lutero, criou em 1517 noventa e cinco teses na Inglaterra. A partir de então, toda a Europa criou um espírito reformador.
Em 1620 esse movimento alcança os Estados Unidos e lá se propaga de forma livre e abundante. William Carey (1761 – 1834) é considerado o “Pai das Missões Modernas”. No século XIX as igrejas chamadas de protestantes tinham uma consciência missionária. A igreja remanescente (a igreja que se prepara para a breve volta de Jesus) tem uma dívida de gratidão a Guilherme Miller, que foi o líder que estudou sobre a segunda vinda de Cristo e dedicou sua vida nesta missão.
Guilherme Miller tinha 16 irmãos e passou de deísta à um grande estudioso da Bíblia. Convencido da brevidade do advento, pregou até 1845 sobre a volta de Jesus, não se abalando em 1844, o ano do desapontamento. Miller apresentou 3 mil palestras em quase mil lugares diferentes.
Outro homem de grande destaque foi Josué V. Himes (1805 – 1895), convertido por Miller em 1839. Himes foi um líder forte, corajoso e organizador do movimento adventista. Foi escritor de “Signs of the Times” em 1840, que traduzido significa “Sinais dos Tempos”. Escreveu também “The Midnight Cry”, que significa “O Clamor da Meia-Noite”.
Outros que merecem destaque nesta época inicial do movimento adventista nos Estados Unidos foram Josias Litch, Carlos Fitch, Sylvester Bliss e S. S. Snow, que concluiu que a data para cumprimento da profecia das 2.300 tardes e manhãs estaria no outono de 1844, e não na primavera.
Outros embaixadores pelo mundo também estudavam a Bíblia e ensinavam as pessoas sobre a volta de Jesus. Dentre esses homens de destaque, pode-se citar Joseph Wolff (“o missionário para o mundo”, conhecia 14 línguas diferentes e viajou pela Ásia e África), Johann A. Bengel, Edward Irving, Henry Drummond, Robert Winter, Manuel de Lacunza (padre jesuíta chileno, autor de “A Vinda do Messias em Glória e Majestade”), H. Heintzpeter (escreveu folhetos falando da volta de Jesus de 1830 – 1842), Louis Gaussen e Francisco Ramos Mejia. Estes homens disponibilizaram seus dons, bens e vidas para a pregação do evangelho em todo mundo. Viajaram muito, mesmo num mundo com precariedade de locomoção e recursos.
O Nascimento da Igreja Remanescente

Guilherme Miller começou seu ministério em 1831. Nos anos de 1839 e 1840 muitas pessoas se converteram e aceitaram a mensagem de Miller sobre a volta de Jesus. Entre 1840 e 1842 houveram muitas conferências que envolviam muitas pessoas de diversas igrejas, com assuntos em comum entre elas.
Porém, por aceitarem a mensagem do advento e do milênio, muitas pessoas, inclusive Ellen White, foram eliminadas do rol de membros de suas igrejas. Guilherme Miller e outras pessoas marcaram data para a volta de Jesus, mas nada aconteceu, havendo grande desapontamento entre aqueles que acreditavam nesta doutrina.
José Bates, numa reunião campal em New Hampshire, pregou sobre a parábola das “Dez Virgens”, comovendo a todos que ali estavam. Muitos então não cultivaram seus campos naquele ano e se dedicaram exclusivamente à evangelização.
À medida que 22 de outubro de 1844 se aproximava, a tensão aumentava entre os adventistas. Muitos acreditavam, mas outros eram mais sensatos, como Guilherme Miller. Os adventistas se prepararam, estavam reunidos, cantavam e revisavam as leituras bíblicas, mas Jesus não voltou naquela data. Houve um grande desapontamento. Estudos profundos revelaram que o tempo estava certo, mas interpretado de forma equivocada. Muitos se afastaram e outros formaram outras igrejas.
Hiram Edson, um daqueles que se achava desapontado, mas continuava fiel a Deus, obteve a luz para esclarecer a profecia. Ele viu Jesus passar do Lugar Santo para o Santíssimo no Santuário Celestial e começar a purificação do santuário. Num estudo profundo sobre a profecia das 2.300 tardes e manhãs e sobre o santuário, um grupo entendeu o significado desta profecia e seu cumprimento e começaram a espalhar estas notícias em publicações adventistas. Um grupo entendeu que o sábado tinha papel decisivo e em Washington foi fundada a primeira igreja que aguardava a volta de Jesus. O primeiro pastor foi Frederick Wheeler, ex-pastor metodista e associado a Guilherme Miller.
José Bates foi visitar esse grupo que acabara de se formar e aceitou aquela verdade. Os Batistas do Sétimo Dia sempre haviam guardado o sábado como outros desde os primórdios. Muitas conferências foram realizadas para se discutir o assunto e muitas pessoas aceitaram o sábado. Deus chamou duas pessoas para revelar suas verdades para a época do fim: William Ellis Foy e Hazen Foss, mas estes não aceitaram o convite. Deus chamou uma terceira pessoas: Ellen White, uma menina de 17 anos, que teve a visão de 22 de outubro até a entrada dos santos na Nova Jerusalém. Ela também viu que a volta de Jesus não estava tão perto e que ainda havia um certo caminho da história a percorrer. Numa outra visão foi dito a ela que aquelas mensagens deveriam ser relatadas juntamente com as provações que ela deveria sofrer.
Ellen G. White, nascida em 26 de novembro de 1827, até então metodista com 17 anos, ouve sobre a doutrina de Guilherme Miller. Aos poucos ela e sua família aceitam aquela verdade e em 1844 tem a sua primeira visão. Por 70 anos ela teve visões e escreveu 120 livros. Viajou pela Europa e foi até A nova Zelândia e Austrália. Seu primeiro livro foi uma brochura de 64 páginas, o que hoje é a primeira parte do livro “Primeiros Escritos”.
Outro pioneiro foi Tiago White (1821 - 1881). Tiago era um homem com deficiências físicas, mas com dons em oratória e música, além de ser um líder nato. Era pesquisador, homem de visão e zeloso para com as coisas de Deus. Foi por três vezes o presidente da Associação Geral da Igreja Adventista, totalizando mais de 10 anos de liderança.
José Bates (1792 – 1872) era marinheiro e homem de bons princípios, amante do direito e da verdade. Foi um homem muito temente a Deus e deu sua vida pela obra. Viajou pelo oeste americano, pregando e ajudando as pessoas.
John Nevins Andrews (1829 – 1883) começou a pregar com 21 anos e escreveu “History of the Sabbath” - “A História do Sábado”. Desenvolveu o sistema de dízimo, o que se mantém até os dias de hoje. Sob sua orientação foi criada a Advent Review Publishing Association, e o nome “Adventista do Sétimo Dia” foi escolhido para a Igreja. Andrews foi enviado para a Europa como o primeiro missionário oficial. Foi também escolhido para ser o terceiro presidente da Associação Geral da Igreja Adventista.
John Norton Loughborough (1832 – 1924) pregou desde os 16 anos apesar de não conhecer a mensagem do sábado até 1852.
John Byington (1798 – 1887) foi o primeiro presidente da Associação Geral da Igreja Adventista. Foi ministro metodista antes de conhecer as 3 mensagens angélicas. Sua casa foi palco das primeiras escolas sabatinas e escolas primárias em Nova Iorque.
J. H. Wanggoner (1820 – 1889) ajudou a organizar a igreja em 1860 e editou a revista “Signs of the Times”. Trabalhou depois na Europa e veio a falecer na Suíça.
Anne Smith (1828 – 1855) foi uma obreira ardorosa e escritora de poemas. Seu irmão Urias (1832 – 1903) foi ministro ordenado do evangelho e editor da revista “Review and Herald”. Em 1888 foi líder no estudo de justificação pela fé.
Frederick Wheeler (1811 – 1910) foi pregador metodista-adventista. Foi eleito o primeiro ministro adventista.

A Igreja Remanescente Organizada (1853 – 1863)

A partir de 1853 a igreja começa a se organizar. Nesta época os irmãos saíam e pregavam sem receber nenhum salário. Para identificar aqueles que partilhavam a mesma fé, foi implantado o sistema de credenciais. Neste mesmo ano, numa série de estudos, a igreja montou várias tentas e faziam as escolas sabatinas por onde passavam.
Os White mudaram de Rochester (Nova Iorque) para Battle Creek e fundaram uma casa publicadora de folhetos em 1855. Em Battle Creek foi instalada a base da igreja até 1903, quando mudaram para Washington. Nesta gráfica, imprimiam também as revistas Review and Herald, Youth’s Instructor e outras revistas de evangelismo e temperança.
Sob liderança de J. N. Andrews, um grupo estudou a Bíblia e criou o plano de mordomia. Sugeriu-se também que as literaturas fossem agora vendidas, mas a um preço baixo. Até então as literaturas eram dadas gratuitamente.
Em 1860, o nome “Adventista do Sétimo Dia” foi escolhido para ser o nome da igreja. Também foi votado que uma casa publicadora maior deveria ser construída. A “The Seventh-Day Adventist Publishing Association” foi oficializada em 03 de maio de 1861.
A primeira associação foi fundada em Michigan. Em 1863 foi realizada a primeira conferência geral. Nela votaram que John Byington seria o presidente. Votaram também os estatutos e 9 artigos. Nesta época haviam 3555 membros espalhados em 125 igrejas. Foram ordenados 22 ministros e 8 obreiros licenciados.

Expansão e Reforma (1864 – 1873)

Entre 1861 – 1865 os Estados Unidos enfrentou um período de guerra civil e a igreja passou por momentos difíceis, com muitos obstáculos a enfrentar. Após a guerra civil americana, a meta era expandir a igreja para o oeste, onde chegaram até o Canadá. Como resultado daquela expansão, hoje 1/3 dos membros da Divisão Norte-Americana estão no território das uniões do oeste.
Em 1865 foram lançadas publicações de Ellen White sobre saúde, numa visão que ela teve em 1863. Em 1866 a revista Health Reformer foi o primeiro periódico lançado.
Em 1883 começou a escola de medicina. Em 1872 foi oficializada a escola sabatina. Porém, em 1852, Tiago White havia escrito as primeiras lições. As primeiras ofertas da escola sabatina foram enviadas para a Austrália (1885) e África (1887). Em 2001 a escola sabatina tinha registrado 15.859.274 de alunos matriculados.
Em 1969 se estabeleceu a Sociedade de Literatura Missionária, que foi a precursora do Departamento de Publicações (Ministério de Colportagem) e dos SELS (Serviço Educacional Lar e Saúde). Em 1873 foi criada a Sociedade Missionária, o que hoje é o Ministério Pessoal, responsável por testemunhar e evangelizar.

Visão Mundial (1874 – 1878)

Na conferência geral de 1874, John N. Andrews foi eleito o primeiro missionário além-mar oficial e foi enviado para a Suíça. Com sua chegada no velho continente, foi organizada a Missão Européia.
Em 1876 começou a obra de publicação na Basiléia. A primeira obra impressa foi “Signs of the Times”, agora em língua francesa. Assim, a obra de evangelização se espalhou por toda a Europa, principalmente pelos esforços de pessoas como John Matteson, D. T. Bourdeau e Phillipp Reiswig. William Ings foi para a Inglaterra em 1878 e o pastor Loughborough fundou a Casa Publicadora de Stanborough Press e o Newbold College.

Avanços Importantes e Perdas Significativas (1879 – 1904)

Em 1878 é criado o sistema de dízimo e em 1879 o Ministério de Colportagem. Em 1883 a Igreja Adventista do Sétimo Dia era composta de 680 igrejas e 17.500 membros espalhados por todo o mundo.
Em 1879, Harry Fenner (com 17 anos) e Luther Warren (14 anos) organizam a primeira sociedade de jovens. Em 1890 é criado o primeiro manual do ministério jovem e em 1907 foi oficialmente organizado sob a liderança do pastor M. E. Kern.
Nesta época também a igreja teve avanços para a Europa e Austrália, além da Nova Zelândia e África. Muitas instituições e escolas foram construídas em muitos lugares.
Entre 1860 e 1870 a igreja também passou por momentos de crise e por um período de reavivamento. Nesta época foram escritos por Ellen White os livros “Desejado de Todas as Nações” e “Caminho a Cristo”.
Muitas pessoas que tiveram papel marcante na organização da igreja descansaram no Senhor. Dentre eles pode-se destacar Tiago White (1881), John Byington (1887), John N. Andrews (1883), J. H. Waggoner (1889) e Urias Smith (1903).

Expansão Contínua em Todas as Direções (1905 – 1923)

Em 1905 o movimento Além-Mar atingiu muitos países como Filipinas, Grécia, Novas Hébridas, Ilhas Salomão e os índios da América do Sul.
A partir de 1907 o Ministério Jovem ficou forte e organizado, com muita literatura e classes divididas. Em 1911 é criado o primeiro clube de desbravadores, chamado Takoma Indians Club. Em 1919 foi criada a Missão dos Escoteiros no Tennessee. Em 1920 são organizadas as classes de Amigo e Companheiro, e Camarada e Camarada Líder (que hoje são as classes de Guia e Líder).
Em 1913 acontece a divisão entre uniões e associações. O campo mundial é dividido em “Divisões”. As reuniões mundiais passaram de anuais para bienais e depois para quadrienais e a partir de 1970, passaram a ser qüinqüenais.
Em 16 de julho de 1915, aos 87 anos, a igreja perde Ellen White. Suas últimas palavras foram: “Eu sei em quem tenho crido”. Ellen escreveu mais de 100.000 páginas, 4.000 artigos de revistas, 8.000 manuscritos e cartas e mais de 120 livros. Ele era a “luz menor guiando para a luz maior”.

Progresso Apesar das Dificuldades (1924 – 1946)

Em 1924 morre J. N. Loughborough, o último dos pioneiros.
Em 1924 acontece a primeira semana de oração.
Apesar da crise mundial, mm 1926 acontece a abertura de hospitais, escolas e casas publicadoras na Etiópia, Japão, Polônia, Angola, Filipinas, China, Java, Trinidad e Índia.
Em 1931, sob supervisão de Leu B. Halliwell, lanchas médicas são utilizadas para levar assistência médica às regiões de difícil acesso. A primeira delas é chamada “Luzeiro I”, e foi utilizada no Rio Amazonas.
Em 1936 é fundado o primeiro Seminário Adventista do Sétimo Dia, em Washington. Já em 1960, este seminário passou a fazer parte da Andrews University, em Michigan.
Em 1946 é oficializado o primeiro clube de desbravadores oficial na Califórnia. John Hancock desenhou o emblema do clube, o qual permanece até hoje.
Avanços tecnológicos fizeram a igreja a investir em transmissões de rádio e televisão. H. M. S. Richards levou ao ar a primeira transmissão adventista em 1926, com estúdio instalado dentro de um galinheiro. Hoje o programa “A Voz da Profecia” é o programa mais antigo do mundo.

Consolidação e Expansão (1947 – 1959)

Depois da II Guerra Mundial as coisas no cenário mundial estavam complicadas e difíceis. Para a igreja também era um momento de crise. Após 1950 o clube de desbravadores tinha seus representantes em todo o mundo.
Em 1950 aconteceu o lançamento do programa “Fé para Hoje”, em Nova Iorque. Já o programa “Está Escrito” veio em 1955.
Agora com cem anos de existência, a igreja cresce a ritmo acelerado. Ela é composta de 981 estações de rádio, 102 grandes instituições médicas, clínicas, os membros passas de 1 milhão e dízimos alcançam a casa de US$ 53 milhões.

Terminando o Trabalho da Comissão Evangélica (1960 – 2000)

Dados de 2001:

- 109 pessoas se tornam membros da igreja adventista por hora;
- A cada 3 horas em média uma nova igreja é construída;
- A igreja usa novas tecnologias, evangelismo de massa e muitos cursos de temperança e bem-estar;
- Novos departamentos são criados: Mordomia, Família, Criança, Mulher, Missão Global e ADRA;
- Agora o patrimônio é de 5005 escolas de ensino fundamental, 1214 escolas de ensino médio, 99 faculdades e universidades e 1,2 milhões de alunos. Novos hospitais e clínicas de recuperação são projetadas e construídas a cada ano;
- A igreja adventista está presente em mais de 200 países e 70% de seus membros possui menos de 30 anos de idade.
Departamentos da Igreja

Os departamentos são criados para distribuir as responsabilidades e fortalecer a igreja. O objetivo é ganhar almas para Jesus.
- Comunicação: constrói as pontes de esperança, levando a mensagem do advento através dos principais meios de comunicação, via rádio, televisão e escrita;
- Educação: visa proporcionar o desenvolvimento mental, espiritual, físico e social das crianças e adolescentes;
- Família: seu objetivo é fortalecer as famílias como centros criadores de discípulos, buscando ideais divinos. Suas principais programações são a Semana do lar Cristão e do Casamento, Semana da Família e o evangelismo familiar;
- Missão Global: o objetivo deste ministério é proclamar o nome de Cristo pelo mundo;
- Saúde: visa promover saúde e bem-estar, construir unidades de cuidados e tratamentos, promovendo a abstinência do uso de substâncias prejudiciais ao corpo humano;
- Relações Públicas e Liberdade Religiosa: busca preservar o direito de cada pessoa, seja onde for, sem levar em conta o credo ou o status;
- Publicações: cuida da produção e venda de literatura evangélica e devocional. Também recruta, treina e oferece assistência aos colportores-evangelistas;
- Escola Sabatina e Ministério Pessoal: provê recursos e condições para a Escola Sabatina ser um lugar de aprendizado da Palavra de Deus, envolvendo os membros na salvação de almas. O propósito da Escola Sabatina é estudar a Palavra de Deus, promovendo relacionamento e evangelismo. O ministério pessoal tem por objetivo motivar, equipar e mobilizar os membros para o serviço de Cristo;
- Mordomia: treina administradores e pastores, promovendo cada membro a oportunidade para entender, aceitar e viver o verdadeiro estilo de vida do cristão;
- Mulher: as mulheres compõem 70% da igreja. Este ministério apóia e trabalha para elevar as mulheres como pessoas de valor inestimável. Elas constroem laços de amizade, suporte mútuo, troca de idéias e informações;
- Ministério Jovem: subdividido em aventureiros (entre 6 – 9 anos), desbravadores (entre 10 – 15 anos) e jovens (entre 16 – 30 anos). O Ministério Jovem colabora no desenvolvimento físico, mental, social e espiritual dos jovens, treinando e organizando para o serviço cristão. O objetivo do Ministério Jovem é “Salvar do Pecado e Guiar no Serviço”.

Divisões Mundiais da Igreja

Em 1900 todas as principais áreas geográficas do planeta haviam sido preparadas. Missionários pioneiros penetrando em novas terras, estabelecendo postos missionários, logo mais se tornando missões e campos e mais tarde associações e uniões. Em 1916 foram organizadas as Divisões, que hoje são designadas como:

- Divisão do Pacífico Norte-Asiático (DPNA)
- Divisão do Pacífico Sul-Asiático (DPSA)
- Divisão Centro-Leste Africana (DCLA)
- Divisão Centro-Oeste Africana (DCOA)
- Divisão Euro-Africana (DEA)
- Divisão Euro-Asiática (DES)
- Divisão Interamericana (DIA)
- Divisão Norte-Americana (DNA)
- Divisão África Meridional-Oceano Índico (DAMOI)
- Divisão Sul-Americana (DSA)
- Divisão Sul-Asiática (DAS)
- Divisão do Sul do Pacífico (DSP)
- Divisão Transeuropéia (DTE)

A sede da Igreja Adventista do Sétimo Dia, também chamada de Associação Geral, fica localizada em Silver Spring, Maryland, Estados Unidos.

A Divisão Sul-America Hoje

Por volta de 1904 a igreja tinha mais membros fora dos Estados Unidos. Durante esse período a mensagem do advento alcançou a Austrália, África, Índia, América do Sul, Golfo do México, China e Ilhas do Mar do Sul. A Divisão Sul-Americana foi organizada em 1916 e atualmente tem sua sede em Brasília, capital do Brasil. Esta Divisão conta com dez uniões: Austral, Boliviana, Centro-Brasileira, Chilena, Equatoriana, Este-Brasileira, Nordeste-Brasileira, Norte-Brasileira, Peruana e Sul-Brasileira. Dados de 2002 apresentam um total de 6.861 igrejas e 8.843 grupos, acomodando 1.980.526 membros. Esta Divisão conta com inúmeras instituições educacionais, 59 instituições médicas, três industrias de alimentos e duas editoras. Mantém ainda um bom número de orfanatos e instituições para idosos. A Divisão Sul-Americana está em primeiro lugar na obra educacional e na colportagem evangelística. A Divisão mantém também quatro universidades entre suas instituições de ensino superior, todas elas reconhecidas por seu respectivo governo e classificadas entre as melhores do seu país. Uma quinta universidade no Brasil está agora funcionando em três campi bem equipados e com matrícula máxima. O Brasil e as Filipinas estavam “competindo amigavelmente” para ultrapassar o primeiro milhão de membros no país. O Brasil foi o primeiro a relatar haver atingido esse alvo por ocasião da Assembléia Geral de 2000, em Toronto, Canadá.

Presidentes da Associação Geral

1) John Byington (20/05/1863 – 05/1865)
2) Tiago White (05/1865 – 05/1867)
3) John N. Andrews (05/1867 – 05/1869)
4) Tiago White (05/1869 – 12/1871)
5) George Butter (12/1871 – 08/1874)
6) Tiago White (08/1874 – 10/1880)
7) George Butter (10/1880 – 10/1888)
8) Ole A. Olsen (10/1888 – 02/1897)
9) George A. Irwin (02/1897 – 04/1901)
10) Arthur G. Daniells (04/1901 – 05/1922)
11) William A. Spicer (05/1922 – 05/1930)
12) Charles H. Watson (05/1930 – 05/1936)
13) J. Lamar McElhany (05/1936 – 07/1950)
14) William H. Branson (07/1950 – 05/1954)
15) Reuben R. Figuhr (05/1954 – 06/1966)
16) Robert H. Pierson (06/1966 – 01/1979)
17) Neal C. Wilson (01/1979 – 07/1990)
18) Robert Folkenberg (07/1990 – 03/1999)
19) Jan Paulsen (03/1999 – atual)

A Chegada do Adventismo no Brasil

A história da Igreja Adventista no Brasil começou de uma forma um tanto inusitada. No ano de 1884 um jovem conhecido como Borchardt, residente em Brusque, Santa Catarina, envolveu-se numa briga e feriu seu oponente gravemente. Com medo da polícia, resolveu fugir e enbarcou clandestinamente num navio que estava partindo para a Alemanha. Numa das escalas da viagem, acabou conhecendo dois missionários adventistas e estes perguntaram se aquele rapaz conhecia alguém protestante no Brasil. Ele respondeu que seu padrasto era luterano e assim, meses depois, na Colônia de Brusque, um pacote vindo de Battle Creek foi enviado. Este pacote foi endereçado à Carlos Dreefke e aberto na casa comercial de Davi Hort. No embrulho haviam revistas e muita literatura interessante com assuntos referentes à segunda volta de Cristo, estilo de vida mais saudável e a importância de reservar o sábado para as atividades de cunho religioso. As revistas foram distribuídas e todos ali gostavam do estavam lendo, havendo um pedido por mais literatura. Porém, com receio do valor da conta a ser paga, Dreefke cancelou os pedidos futuros. A frustração foi geral. Quem poderia assumir agora a responsabilidade pelas revistas? Um polonês assumiu a responsabilidade, mas por pouco tempo.
Então, um rapaz chamado Dressler, filho de pastor luterado e expulso da Alemanha por ser alcoólatra, ouviu falar das revistas, e com o objetivo de vendê-las e manter o vício que o destruía, fez um pedido. Muitas revistas e livros chegaram dos Estados Unidos. Um muito especial era o “Comentário sobre o Livro de Daniel”, de Urias Smith. Ao lê-lo, Guilherme Belz foi o primeiro no Brasil a reconhecer que o sábado era dia de descanso.
Em certas ocasiões, enquanto Dressler caminhava pelas ruas buscando compradores, muitos folhetos caíam das suas mãos trêmulas. As pessoas que por ali também passavam pegavam aqueles papéis jogados e curiosas acabavam lendo as informações contidas nos folhetos. A Sociedade Internacional de Tratados dos Estados Unidos envio centenas de dólares em literatura, que Dressler transformou em cachaça. Na venda de Davi Hort, Dressler trocava as revistas e folhetos por bebida. As revistas eram usadas como papel de embrulho e foi dessa forma que a mensagem adventista conseguiu se espalhar mais e mais, como folhas de outono, alcançando famílias e corações nos quais a semente do evangelho começava a germinar.
Em 1893, por designação da Associação Geral, o missionário Albert B. Stauffer foi enviado ao Brasil. Juntamente com outros missionários, Stauffer espalhou literatura adventista nas cidades de Indaiatuba, Rio Claro, Piracicaba e outras cidades daquela região. Da mesma maneira, no estado do Espírito Santo Stauffer espalhou muita literatura e principalmente o livro “O Grande Conflito”. Em 1894 veio outro missionário, William Henry Thurston veio com o propósito de criar um entreposto de livros denominacionais no Rio de Janeiro e atender os missionários no Brasil. Porém a literatura que ele trazia era em inglês, alemão e pouca coisa em espanhol.
Para a Argentina foi enviado o pastor Frank Henry Westphal e juntamente com outros missionários, espalhavam a mensagem do advento num território de 15,5 milhões de quilômetros quadrados.
Em 1894 foi enviado também o missionário Albert Bachmeyer, e se estabeleceu em Santa Catarina. Foi grande a alegria quando uma família recebeu a literatura adventista das mãos de Albert. A notícia se espalhou rapidamente. Em 1895 o pastor Westphal desembarcou no Rio de Janeiro e foi para o interior paulista para batizar os primeiros conversos naquele estado. Guilherme Stein Jr. foi o primeiro adventista brasileiro a ser batizado. Seu batismo foi realizado no Rio Piracicaba numa manhã de abril de 1895.
No dia 30 de maio, em Brusque, Westphal realizou o segundo batismo, agora com oito pessoas no rio Itajaí-Mirim. Três dias depois, na cidade de Gaspar Alto, também em Santa Catarina, mais 14 pessoas foram batizadas. Com esse grupo de novos conversos, foi organizada a primeira congregação adventista do sétimo dia no Brasil.
Em 14 de dezembro de 1895 foi realizado o primeiro batismo no estado do Espírito Santo, onde 23 pessoas se tornaram membros da Igreja Adventista.
Daquele pequenos e humildes grupos de conversos até hoje a Igreja Adventista tem crescido de forma significativa. Dos doze milhões de membros que compõem a igreja no mundo, 1 milhão estão no Brasil. Nossa missão não é menos importante que a iniciada pelos pioneiros, com esforço e dedicação. Cabe a nós terminar a colheita para que Cristo volte logo e encerre nossa peregrinação. Maranata!

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